O termo invertebrados corresponde aos filos Porifera, Cnidaria, Ctenophora, Platyhelminthes, Nemertea, Gnathostomulida, Rotifera, Annelida, Pogonophora, Sipuncula, Echiura, Priapulida, Pentastomida, Onycophora, Tardigrada, Arthropoda, Monoblastozoa, Trilobozoa, Archaeocyatha, Proarticulata e a três subfilos do filo dos Cordados: Urucordados, Cefalocordados e Hyperotreti, que engloba as mixinas ou peixes-bruxa. O termo invertebrados é correto ciêntificamente, não significa todos aqueles seres que pertencem ao subfilo dos Vertebrados, ou seja, não são seres dotados de notocorda, tubo neural com posição dorsal em relação ao tubo digestivo, e fossetas branquiais ao nível da faringe. A diferença está que nos Invertebrados, a notocorda é substituído ou enquadrado numa estrutura denominada coluna vertebral, daí o nome Vertebrados.
O termo oposto - Vertebrados - já tem um significado biológico, uma vez que todos os seus representantes, mamíferos, aves, peixes, répteis, anfíbios e sinapsídeos são aparentados, ou seja, têm todos um antepassado comum.
Anelideo
Vulgarmente chamam-se anelídeos (Annelida - do latim annelus, pequeno anel + ida, sufixo plural) aos vermes segmentados com o corpo formado por "anéis" - do filo Annelida como as minhocas, poliquetas e sanguessugas. Existem mais de 15.000 espécies destes animalia|animais em praticamente todos os ecossistemas, terrestres, marinhos e de água doce. Encontram-se anelídeos com tamanhos de menos de um milímetro até mais de 3 metros.
Archaeocyatha
Os arqueociatos são animais conhecidos apenas em registo fóssil do Câmbrico, de modo de vida colonial ou solitário e suportados por um esqueleto interno de natureza carbonatada. Os primeiros fósseis de arqueociatos foram descobertos na primeira metade do século XIX em afloramentos no Labrador (Canadá) e na Sibéria (Rússia), mas foram descritos, respectivamente, como esponjas e Calamites, uma planta típica do Carbónico. Só em 1861 foi reconhecido que pertenciam a um filo próprio, designado então como Archaeocyatha (do Grego: archaeo, antigo + cyatha, taça). Actualmente, o posicionamento taxonómico dos arqueociatos ainda se encontra em debate, com alguns autores a considerarem o grupo como uma classe do filo Porifera. Os arqueociatos surgiram no Câmbrico inferior e extinguiram-se no Câmbrico médio
Brachiopada
Brachiopoda (do latim brachion, braço + podos, pé) é um filo do reino Animalia. Os braquiópodes são animais solitários, exclusivamente marinhos e bentónicos. O corpo mole está incluso numa carapaça composta por duas valvas, à semelhança dos moluscos bivalves, no entanto os dois grupos são bastante distintos. A concha, de natureza fosfatada ou carbonatada, pode apresentar ornamentações diversas. O grupo é representado por cerca de 4.500 gênero, dos quais apenas 120 são viventes, a maioria dos géneros extintos são do Paleozóico.
Ectoprocta
O filo Ectoprocta (do grego ektos, externo + proktos, ânus) compreende um dos grupos de invertebrados mais diversos, abundantes e complexos. Devido a sua fragilidade e seu pequeno tamanho tendem a ser menos familiares do que outros grupos zoológicos. No passado eram conhecidos como briozoários ou "animais-musgo" (Bryozoa - do grego bryon, musgo + zoon, animal), denominação que incluia também os Entoprocta. No entanto, devido ao fato de os entoproctos serem pseudocelomados e possuírem o ânus localizado no interior da coroa de tentáculos, eles têm sido geralmente separados dos ectoproctos, os quais, à semelhança dos demais lofoforados, são eucelomados e possuem o ânus fora do círculo de tentáculos.
São frequentes em rochas sedimentares carbonáticas, e abundantes nos mares atuais. Raramente encontrados em água doce. Com raríssimas exceções, são animais coloniais, sésseis e cosmopolitas. Esses organismos distribuem-se em todas as profundidades e latitudes no ambiente marinho, sendo porém mais comuns nas águas rasas de mares tropicais. Habitam preferencialmente, águas límpidas, e alimentam-se de microorganismos planctônicos (diatomáceas e radiolários). Ocorrem desde o Ordoviciano até os dias atuais. Existem cerca de 3.500 espécies viventes e 1.500 fósseis descritas.
Chaetognata
Os quetognatas (do grego “maxilas com espinhos”) são pequenos animais marinhos (máximo 15 cm de comprimento, essencialmente planctónicos de corpo alongado e não segmentado, com barbatanas laterais e caudal que são extensões da ectoderme. A sua característica principal é a existência de dois “pentes” de espinhos quitinosos e retrácteis na cabeça, que eles usam para capturar as suas presas (são carnívoros). Conhece-se apenas um pequeno número de espécies (pouco mais de 120) agrupadas no filo Chaetognatha, em mais de vinte gêneros.
São um filo de predadores de vermes marinhos que são os mais numerosos componentes do plâncton.Cerca de 20% das espécies conhecidas são bentônicas e podem se fixar em algas e rochas.Elas são encontradas em todas as águas marinhas, desde a superfície das águas tropicais até as profundezas das águas polares.Muitos dos chaetognathas são trnasparentes e têm forma de torpedo.Algumas das espécies que vivem em grande profundidade são laranjas.Eles alcançam um tamanho entre 3 mm e 12 cm.
Apesar de serem muito abundantes e vorazes predadores, a sua posição sistemática não é muito clara. Tradicionalmente, eles foram classificados como deuterostómios mas, devido ao facto de não possuírem aparelhos respiratório, circulatório, nem excretor, torna-se difícil associá-los a outros organismos daquele grupo, uma vez que estas características, associadas à presença da cutícula e de um pseudoceloma, tornam-nos aprentemente próximos dos nemátodos. Alguns autores, no entanto, consideram que os quetognatas têm um verdadeiro celoma.
As únicas peças duras dos quetognatas que fossilizam com relativa facilidade são os espinhos bucais, que foram encontrados desde a era Paleozóica, de há mais de 300 milhões de anos, e pensa-se que estes animais se possam ter originado no período Cambriano.
Chancelloriidae
Chanceloriidae é uma família de animais extintos que existiram no período Cambriano, hoje identificados por fósseis. Foram descritos pela primeira vez em 1920 por Charles Doolittle Walcott que os considerou como um grupo primitivo de esponjas.
Cephalochordata
O subfilo Cephalochordata (do grego kephale, cabeça; e do latim chorda, corda) é composto por um grupo de cordados marinhos, pequenos e pisciformes, ao qual pertencem os anfioxos. Eles são um importante objeto de estudo na zoologia por proporcionarem indicações sobre a origem dos vertebrados[1].
O anfioxo mede cerca de 6 cm de comprimento e vive enterrado em areia de águas rasas do ambiente marinho, entre dez e trinta metros de profundidade, deixando para fora do substrato apenas sua extremidade anterior.